segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Curtas ou médias do fim de semana

Como está bonita a Vila Madalena à noite, especialmente a Rua Harmonia.  Fazia tempo que não passava por lá fora do horário comercial. Bares, restaurantes, lojas e ateliês lado a lado e, o melhor e mais civilizado de tudo, gente passeando a pé. Lugares assim explicam a loucura de morar em São Paulo. Vamos relevar o fato que fui um pouco antes do trânsito das baladas começar.

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Ainda sobre a paulistânia, fucking cara a vida por aqui. Não é à toa o monte de pesquisa sobre isso no jornal. Nem precisava. É só dar uma banda no centro expandido para perceber que alguns pares de chope, duas porções pequenas, mais um prato dividido, pronto, a conta ultrapassa os 170 reais (ou mais de 100 dólares). Sem contar o estacionamento, que custa 15 mangos (dez dólares). Comparativamente, começo a achar o Fa$ano razoável.

Afinal, se quatro bolinhos de linguiça, pequenos e pingando óleo, podem custar 18 reais no boteco (que embora seja o mais conceituado da cidade continua sendo boteco), porque meia dúzia de vieiras importadas, grelhadas no capricho, escoltadas por confit de sei-lá-oque não podem sair por 70 pilas? Qual preço é mais honesto?

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Por falar em bolinhos de linguiça, sorte deles* que tenho uma impressão bem formada do Original por várias visitas anteriores. Porque esse pit-stop de mais de cem dólares foi megadecepcionante. Tanto os bolinhos de linguiça como as coxinhas estavam ensopados e queimados por fora – troca o óleo, pessoal. Além disso, o parmegiana no palito pedia mais tempero. Ainda bem que o chope continua com colarinho impecável, e o caldinho de feijão salvou a parte gastronômica. Senão tomava o primeiro B** do blog.
Justo eles.


* "Sorte deles"? Tá se achando, hein, blogueiro?
** Não lembra ou quer entender o ranking? Vai até o rodapé e volta.

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Já que o assunto é ranking, o Tanger, na bela Rua Harmonia, desbanca o Original e ganha o primeiro B desta página. Caí lá de paraquedas, ou melhor, levado pela minha esposa que clicou num desses ons da vida (groupon, clickon, coupon, pagon, etcon) e, naquela totalmente bem intencionada impulsividade consumo-monetária feminina, comprou jantar pra dois. Menu com direito a entrada, prato mais sobremesa.

Entrada, que não passava de couvert, mas bem boa (pimentão confit para mim, berinjela assada em especiarias para ela); 
principais foram cuscuz marroquino com: “peito de boi assado lentamente” para mim, coxa e sobrecoxa grelhada para ela – ambos sem graça; 
sobremesa: dela, um pastelzinho doce lamentável, minha, um gostoso sorvete de pistache. Fora do menu, pedimos bolinhos de cuscuz fritos, um de cordeiro, outro de brie, ambos nada de mais, nem de menos.

Acompanhou tudo um espumante rosé português Filipa Pato 3B, cortes de baga e biscal (prazer, Fábio). Entre poucos altos, muitos baixos (inclusive o vinho), leva o inédito B. Ainda bem que tinha o tal do on – pagar preço cheio ia ser FB.



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Grande Brô comemorou seu aniversário com um mega-evento para bons amigos, novos ou antigos. Foi no melhor estilo Festa no salão - O barril de chope tá ali, petiscos também. Se vira!  Bem bacana e concorrido, provando que camaradagem e chope à vontade bastam para aqueles que realmente querem estar ali.

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Cozinhou, virou confit; enrolou, virou wrap; picou, virou tartar; picou mais um pouco, é tapenade. E, de frescura em frescura, a vida segue e os preços sobem.

2 comentários:

  1. Você sempre genial! É por isso que cada vez mais acredito que o meu ap é o melhor boteco. Tem tudo sequinho, bebida da boa, atendimento nota dez e toilete limpinho!!!! rsrsrrs

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  2. Clau, boteco em casa é sempre chic!!! Eu sou mega-adepto... bjs!

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