segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pode, não pode... volume 1

Pode dividir entrada, prato ou sobremesa? Sim, com certeza... É uma maneira interessante de provar mais sabores desembolsando o mesmo.  Mas avise ao garçom para evitar desastres à mesa – assim o prato já vem dividido ou é colocado no centro da mesa com dois garfos/colheres.

Falar ao celular? Na minha visão, só se for algo muito urgente, mas muuuuuuito urgente. Tipo, alguém morrendo, a empresa pegando fogo, um sequestro em andamento, o cartão de crédito estourou (aí é bom saber, você já avisa sua companhia que ele/a vai morrer com a conta), etc. Celular em restaurante és una mierda. Mesmo que você atenda só para falar “Estou num jantar, posso ligar depois?”. Por que, cazzo, atendeu então?

Única exceção é se você tiver filhos pequenos e a mãe deles quiser saber como estão. Aí vale um telefonema rapidinho, ouve a voz dos dois, fica com mais saudades deles, e desliga rapidinho. O resto do jantar flui com um sorriso no rosto.

E no bar? Está um pouco mais liberado, mas cenas ridículas como dois amigos (os únicos) em uma mesa, cada um falando no seu aparelho, devem ser evitadas. Ninguém gosta de beber olhando playboys ou patricinhas carentes, tentando encontrar companhia melhor que a que está a sua frente. Ou contando que pegou num sei quem em voz alta... quanto mais alto falar, maior é a mentira ou mais feia é a mulher.

Brigar com o garçom? Não é uma boa estratégia (lembre-se que o cara está carregando o que você vai por para dentro), muito menos sinal de educação. Se tiver algum problema, fale sempre educadamente, baixo; se preciso, chame o maître. 
Se nada resolver, sua arma se chama 10% - não pague. Golpe certeiro, desferido quando o oponente já não pode mais se vingar.

Palitar o dente? De jeeeeeito nenhum. É extreme fucking bad, seja no quilo, bandejão, boteco, pizzaria, Bar do Léo, Boi na Brasa, Fasano, no casa do chapéu. Não existe coisa mais feia e nojenta que ver alguém arrancando aquele fiapo de carne dentre os dentes, ainda mais quando faz aquela cabaninha com a outra mão. Quando consegue se desvencilhar daquele naco protéico e dá uma última mascadinha então.... carajo (portunhol), é de morrer! APELO AOS DESESPERADOS: tome um ansiolítico, controle o furor e vá ao banheiro palitar os dentes... antes, veja se o recinto está vazio. E, se possível, apague a luz. Assim você não corre o risco de dar de cara com essa imagem horrorosa no espelho.

Aguarde o volume 2: um olhar antropológico sobre o comportamento individualista-famélico em bandejões, quilos, self-services (ou sérvi-sérvi, dependento do dialeto), buffets e afins.

Abs!

3 comentários:

  1. fantástico, babi! principalmente a parte do palitar os dentes.

    eu lembro quando estava fazendo um estágio na petrobras e fui para o quilo / bandejão de lá: um espaćo para 300 pessoas sentadas em um grande salão. e as 12:45, final de almoćo, comećaram todos a palitar os dentes. parece que foi combinado. cena dantesca que me causa pesadelos até hoje.

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  2. Adorei a parte do celular! Claro, porque já passei pela difícil situação de almoçar com alguém que falou ao celular muitas, muitas vezes, deixando nossa conversa sem pé nem cabeça. E quem põe dois celulares, já via até três -- em cima da mesa. A justificativa: esse é da empresa, esse é particular, esse é rádio. Aí a pessoa atende e diz "já te ligo, tô em outra ligação." ????

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  3. Bro, Para evitar a briga com o garçon tem que escolher bem quem te acompanha no lugar. Tem umas pessoas da família Alberici que adoram uma briguinha. No mínimo uma reclamada....
    Bjs

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