quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Que esfirra é essa?

A história até lá é longa, envolve uma prima, aulas de inglês, texto para site e interesse por comida. Eis que, depois de muito tempo, promessas e enrolações de  minha parte, vou ao Abu Zuz.

Conversamos, os donos e eu, sobre críticos, blogs e blogueiros, redes sociais, gestão do tempo, o quadro na parede e, obviamente, comida, que ali é libanesa. 

Peeeensa numa esfirra boa!
Cheguei perto do meio-dia e o restaurante estava vazio, panorama que mudou muito rápido. 

Findas as tratativas, o momento esperado:
- Quer almoçar?
- Sim, claro. (queria dizer "óóóóóóbvio, puta comida cheia de história, tudo artesanal e caseiro, e com uma cara boa").
- O que vai?
- Ué, a chef sugere.
- Então recomendo um prato do dia. Hoje temos fati de frango (peito de frango sobre arroz libanês, que leva um pouco de carne moída, com grão de bico e castanhas. Tudo coberto por coalhada fresca, castanhas e alho na manteiga).

Peito de frango? hum... Pensei no LDL beirando os 290... se a chef recomendou, até peito de frango deve ser bom.
- Manda!
- Quer experimentar uma das nossas esfirras? 
- Sim, claro.

O quibe e seu segredo, atrás o fati de frango
Após pequeno debate, a de carne foi escolhida.

E chega a esfirra, num formato de estrela. 

Carajo, que esfirra é essa? Puta recheio bom, saboroso, em que a carne está ao ponto, fechada numa massa deliciosa. 

Jáber, Halim, Almanara, Esfiha Imigrantes (que parece uma fábrica), Arabin, Dib, Catedral, Cedro do Líbano e até minha sogra que me desculpem, mas esfirra é isso aqui! FG!

Enquanto espero o fati, um quibe cru pousa na mesa em frente. Lembrei do segredo de produção revelado durante uma das aulas, não podia deixar de experimentar. Peço uma mini porção, que chega dali a pouco, junto com o prato do dia.

Quibe temperado, gostoso, fresco, aliás, ultra-fresco. Ia mandar só uma garfada, mandei várias.

E agora, como desafiar esse fati? Não vai caber... primeira garfada, segunda, frango úmido com coalhada, alho sobressaindo, castanhas. Ah. dá sim! Sobrou bem pouco.

Ainda deu tempo de ver a produção de chauarmas (que você deve conhecer como kebab ou churrasco grego), o belo combinado que o freguês monta entre várias opções por menos de 20 mangos (I guess, need to check with Mari), visitar a vitrine de salgados e doces e ver a operação no almoço bem cheio. 

O cliente é recebido pela Família Moujaes, dona do negócio. Pierre e Mari tocam o salão, Cynthia a cozinha. Funções que podem mudar de acordo com o cardápio do dia (e o absenteísmo dos funcionários).

Pela esfirra, pelo carinho e pela autenticidade, leva um G com viés de alta, como diriam os membros do Copom (esqueceu como é o ranking? Vai no rodapé e volta).
Preciso voltar para o sanduba enrolado, o combinado, um prato que não tem no cardápio (tongue) e a sobremesa, que figura entre as dez melhores da SP Restaurant Week para o Basílico

Abs!

www.abuzuz.com.br 

(Não se impressione, é mega fácil de chegar. Longe é o Mocotó. Estacionamentos ao redor)

Um comentário:

  1. Não tenho palavras novamente Fábio. Obrigada pelo carinho, pelas palavras e tenho certeza que foram de coração!!!!!! Suuuper prazer ter te conhecido e te mostrado um pouco do nosso trabalho no restaurante. beijo grande cynthia

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